11 de novembro de 2008

Mar adentro

Ao ler a notícia de que Hannah, uma criança de 13 anos, quer "morrer com dignidade" na Inglaterra, me veio à mente cenas do impactante 'Mar adentro', de Alejandro Amenábar, estrelado por Javier Bardem. Lembro que assisti ao filme espanhol na véspera do meu acidente de carro, em março de 2005, e saí do cinema achando a minha vida bela, belíssima, apesar da turbulência causada por uma separação dias antes.

E o longa entrou pro roll dos meus clássicos. Há semanas, comprei 'Mar adentro' e, em Paraty, eu e Val aproveitamos uma noite chuvosa para rever a película. Sim, sou daquelas que vêem e revêem, lêem e relêem, escutam, escutam e escutam mais uma vez, descobrindo frases e movimentos de câmera, gostando mais das músicas e dos argumentos. Em alguns casos, como o de Ramón Sampedro (interpretado por Bardem) e a pequena e real Hannah, o direito de morrer deveria ser assegurado na lei. Veja fotos reais de Sampedro aqui.

Hannah se recusa a operar porque as chances de sobrevivência são baixíssimas e, na melhor das hipóteses, ela vai ficar dependente de intensos cuidados médicos a vida inteira. Ela quer abandonar o tratamento e passar o tempo que lhe resta em casa, entre bonecas e familiares. Justo. A inglesinha era saudável até os 5 anos, quando, para tratar uma leucemia, fez uso de remédios tão fortes que enfraqueceram seu coraçãozinho. Você encontra a notícia completa no G1.

* Reprodução do cartaz original do filme *

6 comentários:

Paul Constantinides disse...

oi moniqueta
apesar de vc considerar ficticio o Ramon Sampredo; o filme Mar Adentro, foi baseado em um fato real. No YouTube, acredito, vc ainda encontra imagens veridicas daquele video do fim do filme.

acho q tem coisas que nem deviam ser enquadradas na lei.
ninguem, de fato, deve decidir sobre a vida de alguem.
na questao desta menina, q nao conheco a historia, ressalta-se a idade dela.
vou pesquisar, para saber mais...

abs
paul

Monica Ramalho disse...

vou pesquisar também, paul. ramón existiu pra valer? uau. quanta dor e quanta persona! acredito que ninguém - além da própria pessoa - deve decidir sobre a sua vida. pensei na lei para legitimar a eutanásia, embora também (só pra complicar mais um pouco) eu defenda a vida, mas desde que se queira viver... questão complexa. beijo, meu amigo paul.

Monica Ramalho disse...

paul: (viu como eu preciso ver e rever os filmes?) obrigada pela correção. já acertei no post e dei também um link para imagens da despedida do ramón na vida real. gracias, gracias.

Anônimo disse...

Creio que nesse caso, não se trata de se querer viver ou não querer viver. Trata-se de como se quer viver... Nem sempre se quer mais dias na vida, algumas vezes importa mais vida nos dias ! e é isso que algumas pessoas com doenças graves querem, que seus últimos dias sejam um pouco mais cheios de vida, do que os oferecidos por tratamentos médicos invasivos, agressivos, que oferecem uma vida vegetante, que mal podemos chamar de vida.
Bom esse tema correlacionado com esse filme.

Paul Constantinides disse...

moniqueta kd vc?
abs
bjs
Paul

Mariana Laura disse...

Que dureza isso tudo hein?!? Adorei Mar Adentro. bj