Um dia participei de uma brincadeira. Eu mais um punhado de amigos fomos a uma degustação que tinha uma característica bem peculiar. Era uma degustação às cegas. Não, não estávamos todos de olhos vendados. Mas as garrafas sim, essas estavam todas envoltas em papel alumínio.
A única pista dada por quem conduzia a degustação foi a de que os vinhos que iríamos beber eram italianos, chilenos ou brasileiros. Ponto final. A gente tinha que fazer uma breve avaliação e dar uma nota sem saber que vinhos estávamos bebendo.
Tá, e qual é a onda? Ora, a onda é liberar o preconceito. Querendo ou não, somos influenciados por marcas, pela imagem que um nome representa. Se soubéssemos a origem das garrafas tenderíamos a ser mais condescendentes com umas e mais rígidos com outras. Elementar.
Às cegas, cada um põe a viola no saco e mergulha na honestidade de suas sensações. Todos calçam as sandálias da humildade. E tudo acontece. Notas altas para aquele vinho que você torcia o nariz e notas baixas para aquele caldo que todo mundo fala bem. Claro, que algumas vezes se confirma o valor dos vinhos que já estão bem na fita.
Mas o que importa numa degustação às cegas é que ninguém é dono da verdade. Vide o livro "O Julgamento de Paris", que relata a emblemática degustação às cegas entre vinhos franceses e californianos, onde os segundos se deram muito melhor. E numa banca cheia de franceses!
Experimentem. Degustação às cegas é o bicho. Acho que a gente podia bolar uma. Bora?
* Foto de Martin Harvey *
18 de setembro de 2008
'No gargalo': Às cegas
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4 comentários:
Quando faremos a nossa?
Vamos beber um vinho do Porto?
vamos, mas no meio de outros e sem rótulo! quero ver quem vai descobrir qual é o do porto de verdade hahahaha
claudiôlanda, essa coluna tá o bicho. tô rindo muito aqui hahahahahahahahahahahahaha
que bom que to alegrando a chefa. skskks
equipe, vamos montar uma degustação às cegas? é show.
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