Todas as coisas são conjuntos de partículas
buscando multidão,
mas de perto são ridículas...
No entanto, as coisas vão se unindo sem noção
de que são o contrasenso
de si mesmas, pois a união
requer desprendimento – e então viver propenso
a vestir o desmando
e sumir no mundo imenso
até que nem se lembre mais de onde ou quando
foi presente, passado
mas nunca o futuro. E estando
agora em tudo que é possível ser pensado,
como quem se motiva
até o sonho é o resultado
da música indelével que, na noite viva,
tão perto e tão distante,
brota assim, feito saliva
e volta a ser partícula, mínimo instante
de fuga, espera e esquiva
e só assim segue adiante.
* Poema do amigo Henrique Rodrigues *
24 de agosto de 2008
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;)
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