'Braços longos para os adeuses'

"Importante é a luz, mesmo quando consome; a cinza é mais digna que a matéria intacta e a salvação pertence apenas àqueles que aceitarem a loucura escorrendo em suas veias"

(Frase de Caio Fernando Abreu e foto da filha do Ivan Cunha)

Viralata de Mercedes

"Com os pé do mundo
Ando conforme a rua
Fértil entre as inteligência"

(Poema de Rodrigo Linares e foto de Eduardo Amaro)

Leia a ótima reportagem 'Cafés, cadernos e mandalas', de Thiago Camelo, sobre a arte de Rodrigo no site Overmundo e delicie-se com imagens de Rodrigo e Eduardo no blog Cadernos Brancos.

E as sanfoninhas do Zé incendiaram!

(Fotos: Monica Ramalho)

Os pássaros

Alguma semelhança com um casal 'de bico'?

Apenas bons amigos ou é paquera?

Tango, bolero, salsa. Aves gostam de dançar!

Enquanto secam suas asinhas ao ar livre

(Fotos: Monica Ramalho)

Zé Calixto festeja meio século de música

Reverenciado por quem gosta de um bom arrasta-pé, o mestre no oito baixos Zé Calixto está todo prosa com o novo disco, 'Zé Calixto - Poeta da sanfona', que adianta as comemorações pelo meio século de carreira e será lançado nesta terça, dia 27, às 19h30, em show no Teatro Rival Petrobras - Rua Álvaro Alvim, 33, na Cinelândia, com ingressos a R$ 20 e R$ 10 para estudantes e maiores de 65 anos.

No roteiro da noite, 'Forró do Mengo', sucesso de Dominguinhos e Anastácia, o choro 'Eu quero é sossego', de K-Ximbinho, ‘Forró de Camaratuba’, de Truvinca, 'Meu pai toca isso', de Manoel Serafim e José Guimarães, 'Num bate papo', parceria de Índio do Cavaquinho e Zé Calixto, que também interpretará as autorais 'Bossa Nova em oito baixos' e 'Só pra assanhar', entre outras.

(Foto: Zé Calixto e sua amada Dona Ritinha por Monica Ramalho)

Ná Ozzetti e cia se apresentam na Lapa

A estupenda cantora Ná Ozzetti, o violeiro Ivan Vilela e o violonista Dante Ozzetti, ambos também compositores, se reúnem pela primeira vez para tocar um repertório preparado exclusivamente para este show: sexta, dia 23, às 20h, na Sala Cecília Meireles, com ingressos a R$ 30 na platéia de baixo e R$ 15 na platéia de cima. O espetáculo faz parte da série 'Interseções - sons no limiar entre o clássico e o popular', elaborada pelo amigo Sergio Natureza, célebre compositor e produtor musical.

Ao montar o roteiro da noite, o trio recorreu a clássicos de Villa-Lobos ('Bachianas nº 5'), Ary Krener e Mário de Andrade ('Viola quebrada') e Xisto Bahia ('Pescador'), sem nos privar das autorais 'Ultrapássaro' (Dante Ozzetti e Zé Miguel Wisnik), 'Valsa pra viver um grande amor' (Ivan Vilela e Renato Kefi) e 'Terra à vista' (Dante Ozzetti e Luiz Tatit), entre outras.

Vejo você na Lapa?

Maior que o céu e o mar

amor é mais mais denso do que olvido
mais mais fino do que recordo
mais raro que uma onda tonta
mais freqüente do que a míngua

é o mais louco e lunar
e menos não será ser
do que tanto mar que só
é maior do que o mar

amor é menos sempre que vencer
menos nunca do que viver
menos maior que o menor grão
menos mínimo que perdão

é o mais mais são e solar
e mais não será não ser
do que tanto céu que só
é maior do que o céu

(Poema de E.E. Cummings e foto de Gary John Norman)

Estréia 'maogânica' na Sala Baden Powell

Maogani na passagem de som

Paulo Aragão, o líder natural do quarteto

Marcos Alves aprova as estripulias de Maurício Marques

Observado pelo 'maogaúcho', trio original manda brasa

(Fotos: Monica Ramalho)

Maogani lança um disco lindo, lindo, lindo

Enquanto eu vou assimilando a maravilha que é este álbum, transcrevo aqui um trecho da declaração apaixonada que o violonista Sérgio Assad escreveu no encarte:

"(...) O Maogani é, na minha modesta opinião, um quarteto inovador. A começar pelo repertório, que prioriza a música tradicional brasileira, opção que fez com que o grupo se amalgamasse numa mescla de quarteto camerístico com conjunto de música popular. Depois vem o tipo de som bem particular e que é facilmente reconhecível. O som do Maogani é fruto da associação de instrumentos por eles escolhidos como a sua maneira super pessoal de tocar. Com eles, o requinto, que sempre foi o desafio sonoro para muitos outros grupos, torna-se algo de uma beleza leve e rara. O acréscimo de um violão de 8 cordas também ajuda a acentuar o efeito de banda que o Maogani tem. Além do som está a coesão deste quarteto que em poucos anos de existência desenvolveu um fraseado solto e expressivo, um sincronismo perfeiro nas articulações e um suíngue arrebatador. (...) 'Impressão de Choro' é um disco muito original que retrata bem o vigor e a alma nova da qual o choro tem se impregnado nos últimos anos. Que o Maogani prossiga surpreendendo! Os ganhadores seremos todos nós, admiradores e ouvintes".

Para saber mais sobre o quarteto: www.maogani.com.br

Cinco clássicos do cinema brasileiro

1. 'Macunaíma' (Joaquim Pedro de Andrade)
2. 'Todas as mulheres do mundo' (Domingos de Oliveira)
3. 'Bye bye, Brasil' (Cacá Diegues)
4. 'Deus e o diabo na terra do sol' (Glauber Rocha)
5. 'Ópera do malandro' (Ruy Guerra)

Edição realista demais para entrar nesse filme

A vida fora de foco
Tento enquadrar as idéias
Mas o que sinto não cabe em 35 mm

(Versos e foto: Monica Ramalho)

Dor secreta

"Tudo o que aflora é silêncio,
tudo o que mexe é falta".

(Versos de Cecília Borges e foto de Monica Ramalho)

Em tempos de muito trabalho...

(Fotos de Monica Ramalho feitas no Rio, em Corumbá e Porto Alegre)

Bluebeijo

Impliquei um pouco com o nome brasileiro do filme, óbvio demais, e também por ser protagonizado pela cantora Norah Jones, estreante demais, mas todas os queixumes viraram fumaça quando deixei a sala do Arteplex porque inacreditável mesmo é ver o final da história estampado no cartaz! hahaha

Rabujices à parte, gostei muito de 'My blueberry night´s' - por aqui, 'O beijo roubado' -, a primeira trama de Kar Wai Wong em inglês. Na verdade, estou há dias rememorando algumas passagens do longa, que já quero ver de novo. Estética contemporânea, enredo universal, elenco afinado (palmas para Natalie Portman; suspiros para Jude Law) e...



... A beleza absurda de Rachel Weisz aos 37 anos.

(Fotos: Darius Khondji)

Paisagem interior

lá vem a sensação
dos meus pés dividindo a terra.
é preciso ter calma
para não mover a montanha
e tapar o sol.
aos poucos aumenta o vão
e a angústia é não saber
de que lado fica a noite
para onde vão as estrelas
e onde descansam os pássaros.

(Poema de Val Becker, a ser publicado no seu livro de estréia - 'Diário de bordo da loucura' - e clique de Monica Ramalho)